Reflexos
O modo como um governo municipal trata os espaços públicos de uma cidade, geralmente reflete o caráter e a personalidade da política local.
Da mesma maneira, a forma como nos relacionamos com os outros, sejam vizinhos, colegas de trabalho ou simplesmente pessoas com as quais cruzamos nas ruas, denuncia a existência ou a inexistência de preocupações com o bem comum.
Partindo desses pressupostos, podemos tirar várias conclusões.
Interpretem como quiserem, pois.
Boçais
É muito desrespeitosa, ridícula e furtada de qualquer sentido essa atitude de muitos homens de ficar mexendo com as mulheres nas ruas.
Afora o constrangimento que causam no sexo oposto, é de um mau gosto tremendo, talvez apenas atestando a imbecilidade imensurável de pretensos machos que precisam alardear sua futilidade para se entenderem como tais.
Coisa de gente pequena e idiota, para dizer o mínimo.
Solidários
Povo que se diz “solidário”, mas não se preocupa com o bem coletivo, é sinônimo de povo hipócrita – na onda do clássico “pão e circo”, pensa que “união” é equivalente à “futebol” e “bondade” é equivalente à “missa”.
Paciência
A paciência é algo que você conquista mediante a irritação.
Quando o nervosismo e a raiva chegam a um ponto culminante, das duas uma: ou você explode ou você se acalma.
Mas um dos maiores problemas da humanidade continua sendo aquela parcela da população que simplesmente não funciona e não se movimenta nem com um gato morto pela cabeça.
P.S.: Vá entender.
Pau de arara
Na mesma semana, a polícia do Rio de Janeiro espanca professores e a polícia do Rio Grande do Sul apreende livros político/ideológicos.
Se o troço continuar nesse ritmo, logo conhecerei o pau de arara.
Farinha do mesmo saco
O fanático e o indiferente são farinha do mesmo saco, seja na política, na religião, no direito ou em qualquer campo.
Ambos se nutrem da ignorância e da falta de diálogo para perpetuar sua estupidez, sendo que o que os alimenta é só um fruto: a covardia.